A MINHA BIOGRAFIA
José Manuel Cabrita Neves, nascido a 8 de Julho de 1943 na, então, Vila de Vendas Novas situada no Alto Alentejo, onde permaneceu até aos 12 anos de idade. Com apenas 9 anos, organizou uma “Contradança de Carnaval” e escreveu a letra (uma sátira) alusiva a uma família da terra, que foi cantada com a música de “ Já Passei a Roupa a Ferro”, pelos componentes da contradança. Já em Lisboa, onde trabalhava de dia e estudava à noite, em 1963, concorreu aos Jogos Florais organizados pela Escola Comercial Veiga Beirão, que frequentava, com um soneto e uma quadra, tendo ambos sido premiados. Escreveu alguns poemas até meados de 1967, altura em que ficou doente e permaneceu dois anos sem trabalhar. Talvez devido ao seu estado de saúde, foi no período entre 1967/1968 que escreveu mais de meia centena de poemas, a maior parte sonetos. Ainda entre 1967/1969 escreveu alguns poemas que foram musicados pelo Conjunto de Violas SIGLA, tendo este conjunto gravado um disco LP, que foi apresentado no programa de televisão ZIP ZIP. Um dos seus poemas, escrito durante a Ditadura de Salazar, alusivo à Guerra Colonial e às suas consequências sociais e sentimentais, foi levado para publicação no Jornal A República, pela mão do escritor Urbano Tavares Rodrigues, mas que não foi publicado porque a Censura Fascista o cortou totalmente. Nos anos 1968/1969 publicou regularmente no Jornal de Vendas Novas, no Jornal do Fundão e no Jornal Cardeal Saraiva de Ponte de Lima. Actualmente publica regularmente na Gazeta de Vendas Novas e no Facebook, em diversos grupos de poesia entre eles, Solar de Poetas, Intenção e Gestos e Horizontes da Poesia tendo já obtido algumas distinções e menções honrosas. A sua poesia assenta essencialmente no verso com métrica e rima, com predominância para sonetos e quadras. Nos seus poemas transparece o sentimento de revolta perante o comportamento de certos seres humanos e uma visão pessimista do mundo actual. Tem participações na Colectânea de Poesia Despertar dos Sentidos, da Editora Pastelaria Estúdios (10 sonetos); Na Antologia Voar na Poesia edição do Grupo Voar na Poesia (4 sonetos); Na Colectânea VI (2014) edição do Grupo Horizontes da Poesia (2 sonetos) e várias participações em edições de formato digital no ISSU, organizadas pelo grupo Solar de Poetas. Carnaxide, 8 Fevereiro 2015.
José Manuel Cabrita Neves, nascido a 8 de Julho de 1943 na, então, Vila de Vendas Novas situada no Alto Alentejo, onde permaneceu até aos 12 anos de idade. Com apenas 9 anos, organizou uma “Contradança de Carnaval” e escreveu a letra (uma sátira) alusiva a uma família da terra, que foi cantada com a música de “ Já Passei a Roupa a Ferro”, pelos componentes da contradança. Já em Lisboa, onde trabalhava de dia e estudava à noite, em 1963, concorreu aos Jogos Florais organizados pela Escola Comercial Veiga Beirão, que frequentava, com um soneto e uma quadra, tendo ambos sido premiados. Escreveu alguns poemas até meados de 1967, altura em que ficou doente e permaneceu dois anos sem trabalhar. Talvez devido ao seu estado de saúde, foi no período entre 1967/1968 que escreveu mais de meia centena de poemas, a maior parte sonetos. Ainda entre 1967/1969 escreveu alguns poemas que foram musicados pelo Conjunto de Violas SIGLA, tendo este conjunto gravado um disco LP, que foi apresentado no programa de televisão ZIP ZIP. Um dos seus poemas, escrito durante a Ditadura de Salazar, alusivo à Guerra Colonial e às suas consequências sociais e sentimentais, foi levado para publicação no Jornal A República, pela mão do escritor Urbano Tavares Rodrigues, mas que não foi publicado porque a Censura Fascista o cortou totalmente. Nos anos 1968/1969 publicou regularmente no Jornal de Vendas Novas, no Jornal do Fundão e no Jornal Cardeal Saraiva de Ponte de Lima. Actualmente publica regularmente na Gazeta de Vendas Novas e no Facebook, em diversos grupos de poesia entre eles, Solar de Poetas, Intenção e Gestos e Horizontes da Poesia tendo já obtido algumas distinções e menções honrosas. A sua poesia assenta essencialmente no verso com métrica e rima, com predominância para sonetos e quadras. Nos seus poemas transparece o sentimento de revolta perante o comportamento de certos seres humanos e uma visão pessimista do mundo actual. Tem participações na Colectânea de Poesia Despertar dos Sentidos, da Editora Pastelaria Estúdios (10 sonetos); Na Antologia Voar na Poesia edição do Grupo Voar na Poesia (4 sonetos); Na Colectânea VI (2014) edição do Grupo Horizontes da Poesia (2 sonetos) e várias participações em edições de formato digital no ISSU, organizadas pelo grupo Solar de Poetas. Carnaxide, 8 Fevereiro 2015.
MOTE
A trabalhar prós outros, os patrões,
Que a ociosidade é ignorância…
Ficando atravessadas as razões…
Que o dinheiro, de mim. Só quer distância…
A SORTE
Se a sorte me ocorresse qualquer dia,
Muito pouco provável, aliás,
Pois que só me acontecem coisas más…
Fico a imaginar como seria,
Saber que me saiu a lotaria,
Ou ainda melhor, o euro milhões !
Arrastando consigo as soluções,
Para os sonhos que a gente idealiza
E nunca, a vida toda, concretiza,
A trabalhar prós outros, os patrões!
Fecho os olhos e faço esta viagem,
Embarcando no sonho da riqueza!
Pensando eliminar toda a pobreza,
Já que tinha o dinheiro e a coragem,
Essa intenção não era mais miragem!
Criava ocupação para a infância,
Com desportos de inteira relevância,
Bibliotecas e espaços de lazer,
Para ocupar o tempo e aprender,
Que a ociosidade é ignorância…
Vou mandar construir por todo o lado,
Lares com o conforto e a dignidade,
Que tragam alegria e felicidade,
A quem merece ser recompensado,
Por ter a vida inteira trabalhado,
A contar dia-a-dia os tostões
E a engolir as reles agressões,
Duma sociedade mal formada,
Onde era a liberdade sonegada,
Ficando atravessadas as razões…
Mas agora que a mente me desperta,
Tudo se desmorona à minha volta!
Toda a raiva e tristeza em mim se solta,
Numa constatação que desconcerta
E me faz acordar, ficar alerta,
Quando estava a sentir uma fragrância,
Saída da suposta importância!...
Com boas intenções enfim me fico,
A sorte só bafeja quem é rico…
Que o dinheiro, de mim, só quer distância!...
José Manuel Cabrita Neves
Se a sorte me ocorresse qualquer dia,
Muito pouco provável, aliás,
Pois que só me acontecem coisas más…
Fico a imaginar como seria,
Saber que me saiu a lotaria,
Ou ainda melhor, o euro milhões !
Arrastando consigo as soluções,
Para os sonhos que a gente idealiza
E nunca, a vida toda, concretiza,
A trabalhar prós outros, os patrões!
Fecho os olhos e faço esta viagem,
Embarcando no sonho da riqueza!
Pensando eliminar toda a pobreza,
Já que tinha o dinheiro e a coragem,
Essa intenção não era mais miragem!
Criava ocupação para a infância,
Com desportos de inteira relevância,
Bibliotecas e espaços de lazer,
Para ocupar o tempo e aprender,
Que a ociosidade é ignorância…
Vou mandar construir por todo o lado,
Lares com o conforto e a dignidade,
Que tragam alegria e felicidade,
A quem merece ser recompensado,
Por ter a vida inteira trabalhado,
A contar dia-a-dia os tostões
E a engolir as reles agressões,
Duma sociedade mal formada,
Onde era a liberdade sonegada,
Ficando atravessadas as razões…
Mas agora que a mente me desperta,
Tudo se desmorona à minha volta!
Toda a raiva e tristeza em mim se solta,
Numa constatação que desconcerta
E me faz acordar, ficar alerta,
Quando estava a sentir uma fragrância,
Saída da suposta importância!...
Com boas intenções enfim me fico,
A sorte só bafeja quem é rico…
Que o dinheiro, de mim, só quer distância!...
José Manuel Cabrita Neves
parabéns Neves
ResponderExcluirEste Blogue está inactivo. Existe outro em sua substituição. Veja no Google.
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